Eu acredito que existam momentos para se
assistir determinados filmes. Por exemplo, tenho um filme há 3 anos e ainda não
o assisti, quero, mas sei que não devo – sinto-me um pecador –, mas um outro,
que tenho faz somente 2 anos, finalmente assisti. E é ele que vos trago.
Conheci o trabalho do diretor japonês Takashi
Miike com sua obra Ichi The Killer. Então busquei mais e mais filmes
desse tão curioso diretor. Dentre os seus quase cem filmes encontrei outra grande
obra, arrisco dizer que é um de seus melhores filmes, referência de suas
produções, Audition.
A narrativa se desenrola na solidão, nas
mentiras e no amor. Sete anos após a morte da sua esposa, um executivo de uma grande
empresa, Aoyama, com a ajuda de um amigo cineasta, assiste a uma audição para a
escolha de uma atriz, para o papel principal. Essa audição tem indiretamente o
propósito de encontrar uma possível esposa para Aoyama. Imediatamente, Aoyama
fica fascinado por uma delas, Yamazaki Asami, uma bela e misteriosa jovem com
formação em balé.
Alguns podem achar um filme chato e demorado,
mas ele é feito como uma armadilha, se arma uma arapuca refinada para amarrar a
crescente tensão e sutilmente desenhar a loucura da paixão. Claro que só falo
bem do filme, afinal eu gosto muito dele.
Assisti esse filme no final de semana que se
passou. Estava eu, com febre, sozinho e triste, então fui assistir Audition, já
sabia um pouco do que se tratava, por isso fiquei ansioso pelo ápice. Então aqui
deixo o conselho de não procurar sinopses maiores do que a fornecida aqui, deixe
a loucura te levar.
Audition é de tirar o sono de alguns, se pensar
na solidão, na solidão que o amor traz. Um casal desesperado por amor, por
companhia. Um casal disposto à imoralidade e loucura para ter a quem amar, quem
chamar de seu; cada um com sua armadilha. São os tais “dispostos” se atraindo.
Interpreto Audition como um filme, acima de tudo, sobre solidão, sobre amor, e
possessão. Para mim um filme apaixonante.
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